
Sentada espero.
Tomo um café e espero
uma perna que apareça
naquela porta.
As pernas sempre estão na frente.
A cabeça é sempre a última.
A não ser em pessoas intrometidas.
Ou barrigudas.
Se a perna descer o degrau
tudo será diferente.
Saberei que é possível.
Ainda espero.
Não... sem sinais da ansiedade.
Apenas um pequeno bolo no estômago.
Não, isso não é a ansiedade.
É o café forte.
Vou parar de olhar para a porta.
Ele virá.
Ai, olhei.
Ele não vem.
Vou parar de olhar.
E se não vier?
Quero resolver agora.
Pé, degrau, perna e fim!