quarta-feira, 23 de setembro de 2009
passar elocubrações sem valor
para um papel sem cor
Nunca fui muito de pensar
não assim, afim de materializar
Meu meditar é muita nuvem
é muito fogo
é muito ar
água não vou nem mencionar
terra não há
Rimo só por rimar
porque na minha cabeça
alguma coisa me faz cantar
Mas não sei pensar
só sonhar
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Pobres rimas pra caber
E ''tenho duas coisas pra te contar''
É assim, ''sem querer querendo''
Que me pego a sonetar
Há pouco tempo estava lendo
Uma cartinha de ''porque se gostar''
De tão linda, estou cedendo
E meu amor vou declarar
Amo tanto e com tanta sinceridade
Que, pobre soneto... não comporta
E se acaba antes de chegar a metade
Mas se quer saber, isso não me importa
Porque essa paixão de tão verdade
Mesmo de longe, me transporta
Perdendo a noção do tempo
Os dias são minutos
cabem dentro de uma hora
hora essa que
demoooora...
Vem de leve e vai se embora
e quando vem o amanhã
já é agora
O ontem nunca mais
O hoje já ficou pra trás
Aquele instante tão esperado
a vida toda planejado
assim como chega , se esvai
Para sempre será lembrado
como uma pincelada no quadro
da saudade
sábado, 22 de agosto de 2009
Escrevendo sem acento agudo e chapeuzinho
Voltas de bicicleta, e um jornaleiro me achou très belle! Ah... oui? Merci! hehe... (acho que em Paris, morena, de olhos castanhos e gorda eh um tipo exotique)
Almoço no Subway, soh pra lembrar do Fastway, e pausa na beira do Sena. Bateaux passando, japas reinando com suas cameras.
Me percebo olhando para cada pessoa que passa, achando que verei uma cara conhecida... eu hein?! Diabo de hahbito Baixo Gahvea entranhado!
Oito da noite e o dia claro, como quatro da tarde. Um dahlmata lindo de coleira vermelha observa tudo, enquanto seus pais jogam xadrez...
Não é um poema
Entre o Louvre e a roda gigante
(que ainda não sei o nome, ou se tem nome)
Sento perto de um esguicho
E de vez enquando o vento trás uns respingos
Para refrescar o sol de muitos graus
Enquanto eu quebro a cabeça
Para descobrir como falar que
"Quero calibrar o pneu"
Em francês
Um negão parisien très sympathique
Me entende
"Decathlon", à Madeleine
Pneu cheio
Rodo, rodo, rodo
Desta vez perdida muito de propósito
Comédie Française, foto do Molière.
Que secura!
Duas águas
Cinco euros
Montmartre, Richelieu, ahhh...
Museu d'Orsay
Beaux Arts!
As preferidas são as esculturas
Flertei com Mercúrio
Que de tão vivo, até vi respirar
Joguei um charme para Narciso
Mas ele nem me deu bola
E Napoleão com suas pequenas perninhas
Montado no cavalo
Não me atraiu
(eu acredito)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
18/08, mardi
Fofé! Nos encontramos, lógico, no Pompidou. Casa de chá, comprinhas no Franprix, para ter algo na geladeira. (tomate, suco de uva, pao e queijo, sempre queijo!). Museu de art contemporânea- exposição Henri Cartier-Bresson. Fodona, saí me achando fotógrafa. Torre Eiffel maravilhosa! gigante, genial. Gramados, muitas pessoas pés na piscininha com chafariz, onde criaças lindas se banhavam e se divertiam pencas. Menos o italianinho, que subiu os shorts e só molhou até a cima do joelho.
Casa para um douche, e casa do Lucas, amigo do Pedro, no 11eme. White Russian! (licor de café, vodka, leite e gelo- ótimo). Saint- Michel, Le Caveau des Oubliettes, lugar ótimo! uma caverna mesmo. Cerveja cara, jazz delícia! Homens mais ainda.
CHEGANDO...
Casinha de Clara e Julia, fofa, tirando as escadas perversas. Batata da perna tremendo após subir com quatro malas enormes (minhas e da Clara). Muitas instruções, chuveiro que tem que segurar, código da porta, fechadura longe da porta (que aliás, é de imã!), molhar plantinhas, fazer carte do mêtro... coisitas mais...
Planos de almoçar no Le Reflet. Fechado. partimos para outro restaurante- 8,80e. entrada, prato e sobremesa (uma musse de chocolate sensacional!), curti! Ionesco em cartaz num teatro em frente (parece que está ali eternamente). Abandonada por Clara, perdida por Paris.
Andanças, muitas andanças: Louvre, Pompidou, Notre Dame, mapas (não necessariamente nessa ordem)... Comprar celular! Botar a prova o pobre coitado do francês. Consegui! Encontrar Elisa e Zoé! no carrossel da Rivoli. Ufa.. Casinha de Elisa no Marais, quase em frente ao Museu Picasso. Place des Voges, delííícia. Solzinho, Zoé fazendo amizade com um fofo francês. Uma graça! Comprinhas no Monoprix para o jantar. Diazão ainda e já são umas 20:00h! Saladas, queijos, parma, e patê. Ummmmm.... vinho e papo de primas até dar sono. Casa!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
MENSAGEM SUBLIMINAR
domingo, 19 de julho de 2009
Filó de Lori e a Brudi
Se pudesse compreender o tudo tudo tudo
Se tivesse uma mente capaz de apreender tudo
Cada parte do todo de tudo
Daria uma boa risada
Riria, riria, riria
Ria, ria, ria
Gargalhava
E morreria sem ar.
Ou choraria
cairia aos prantos
Explodiria de chorar
E viraria ar
A névoa
O ar
O nada
O ar
O ínfimo ar.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
ORAÇÃO AO SANTO INSPIRADOR
QUE ESTÃO NOS CÉUS
PARODIADOS SEJAM OS VOSSOS NOMES
VENHA A NÓS O VOSSO RISO
COM TODA A VOSSA IMORTALIDADE
ASSIM NA GUERRA COMO NA PAZ
A CORAGEM NOSSA DE CADA DIA
NOS DAIS HOJE
PERDOAI-NOS O NOSSO MEDO DA VIDA
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS
A QUEM SE FEZ SUICÍDA
E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM LAMENTAÇÃO
MAS LIVRAI-NOS DO MAU-HUMOR
AMÉM.
Sentada espero.
Tomo um café e espero
uma perna que apareça
naquela porta.
As pernas sempre estão na frente.
A cabeça é sempre a última.
A não ser em pessoas intrometidas.
Ou barrigudas.
Se a perna descer o degrau
tudo será diferente.
Saberei que é possível.
Ainda espero.
Não... sem sinais da ansiedade.
Apenas um pequeno bolo no estômago.
Não, isso não é a ansiedade.
É o café forte.
Vou parar de olhar para a porta.
Ele virá.
Ai, olhei.
Ele não vem.
Vou parar de olhar.
E se não vier?
Quero resolver agora.
Pé, degrau, perna e fim!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
qual é a questão?
Respiro fundo, após este desabafo um tanto confuso, para finalizar com esta questão: Como resolver o dilema de uma geração que foi condicionada a viver na solidão, mas tem ambições que só a coletividade conseguiria atingir?
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A gente tem que ter tempo para brincar. tempo para sonhar, tempo para cantar, tempo para estudar, tempo para trabalhar, tempo para amar- tempo é dinheiro!- tempo para crescer, tempo para escolher, e tempo para voltar atrás no caso da escolha falhar.- Eu escolhi dar um tempo na Europa.
Essa semana deu tempo de cantar parabéns para mamãe, comprar palheta para clarineta, ler um livro, aprender francês, dar uma aula de teatro, consolar uma amiga, cortar o cabelo, bater uma siririca, ... não, duas, encontrar o passaporte, encontrar o namorado, só não deu tempo de me encontrar!
Será que em um minuto dá tempo?
quinta-feira, 26 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
O “burguês”, como um estado sempre presente da vida humana, não é outra coisa senão a tentativa de uma transigência, a tentativa de um equilibrado meio-termo entre os inumeráveis extremos e pares opostos da conduta humana. Tomemos, por exemplo, qualquer dessas dualidades, como o santo e o libertino. O burguês tenta caminhar entre ambos, no meio termo; tenta plantar-se em meio aos dois extremos, numa zona temperada vantajosa, sem grandes tempestades ou borrascas, e o consegue à custa do eu. Mas o burguês não aprecia nada tanto quanto o seu eu (um eu na verdade rudimentarmente desenvolvido). À custa da intensidade consegue, pois, a subsistência e a segurança; em lugar da posse de Deus cultiva a tranquilidade da consciência; em lugar do prazer, à satisfação; em lugar da liberdade, a comodidade; em lugar dos ardores mortais, uma temperatura agradável. O burguês é, pois, segundo sua natureza, uma criatura de impulsos vitais muito débeis e angustiosos, temerosa de qualquer entrega de si mesma, fácil de governar. Por isso colocou em lugar do poder a maioria, em lugar da autoridade a lei, em lugar da responsabilidade as eleições.
- "O Lobo da Estepe", Hermann Hesse
sexta-feira, 6 de março de 2009
Um homem, um jovem e nosso herói.
11 de fevereiro, de 1964:
20 de agosto, de 1972:
8 de dezembro, de 1980- pouco antes das 23hs: